segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O que gostaria de ter sabido antes de ir a Cartagena.

Tive muita dificuldade para me decidir sobre essa viagem em relação a onde me hospedar e que passeios fazer. As informações eram sempre muito dicotômicas e picadas. 

Uma das maiores dificuldades foi sobre os passeios às praias, como se chega nelas e principalmente quais eram as que eu tinha que fugir porque tem um monte de gente reclamando em seus blogs da insistência dos ambulantes.

Bom...nem no site da cidade tem uma informação global das opções ofertadas. E infelizmente eu tb não vou conseguir passar isso aqui, mas farei um descritivo de tudo o que foi difícil pra mim, de forma a tentar ajudar quem está lendo. 

Praias em Cartagena
Praia em Cartagena. (Não é um propaganda do Rum. Eu que tirei a foto mesmo)
Cidade litorânea, Cartagena tem uma imensidão de mar costeando. A praia da cidade (foto acima) não é das piores se vc estiver buscando somente uma praia em si. Mas é muito feia pra quem está esperando um mar caribenho. Areia batida, de cor marrom. Cheia de vendedores ambulantes. Mar calmo e quente. A cor do mar achei meio indefinida. Mas chutaria verde escuro. 
A praia da cidade tem estrutura de barracas, quiosques e seus famosos ambulantes

Além da praia costeando a cidade em si, Cartagena conta com um arquipélago de 27 ilhas chamado de Parque Natural Corais del Rosario e San Bernardo, que é onde realmente se vai querer ir, pois é a parte mais caribenha e o que se espera encontrar do Caribe. 

A maior delas é a Isla Baru, que era uma península mas os Espanhóis na época da colonização abriram um dique de um rio da região dando acesso ao mar, fazendo, assim, a ilha. Nela ficam vilarejos bem pobres e as praias públicas, como Playa Blanca.

As demais ilhas são todas ilhas de coral. Algumas delas são hotéis que tem entre os serviços ofertados, pacotes de day tour

Há inúmeros day tour e eu infelizmente não consegui saber todos, pois cada agente de viagem trabalha com uma lista pequena de opções e simplesmente não te avisam que existem outras opções que eles não trabalham. A sensação que eles dão é que só há as opções que eles estão lhe passando. E meio que empurram algumas das opções pra vc (imagino que por serem as de maior rentabilidade pra eles).

Você pode comprar os day tour diretamente no porto ou por agentes de viagem. Seu hotel pode indicar um.

Nós fomos a três praias. Duas em ilhas privadas e uma praia pública. Vou descrever como foram todas pra tentar ajudar. Porque aqui estava uma das minhas maiores preocupações dessa viagem. Amigos me falaram e li em vários blogs sobre ir para as praias particulares, mas nada ficou claro pra mim que os day tour eram em sua maioria exatamente para as praias particulares dos hotéis nas ilhas. 

Choupana no deck da Isla del encanto
Isla del Encanto - O primeiro passeio day tour que fizemos foi para a Isla del Encanto. 45 minutos de lancha rápida na ida e voilá! Chegamos. O lugar é bonito. Para quem mora no Brasil e passeia pelas praias por aqui, eu diria que não é nada que diga: UAU! Mas é uma ótima praia.
A ilha dispõe ainda de uma piscina e bar de piscina (com preços adicionais). Os pagamentos de qualquer compra adicional tem que ser feito em espécie.
No pacote day tour estava o traslado hotel x porto. Então marcaram um horário conosco, nos buscaram, nos levaram ao porto e nos deixaram dentro da lancha. O guia que nos recebeu no porto foi o que foi conosco à ilha. Esse passeio custou 145.000 COP cada que pôde ser pago no cartão de crédito + 13.500 COP cada que era de taxa portuária, que teve que ser paga em espécie. O pagamento da área portuária foi feito a quem veio nos buscar no hotel e nos deu o ticket de pago para acesso ao porto. (COP = Pesos Colombianos. Quando eu fui, em dezembro de 2014, R$ 1,00 era o equivalente a 700COP)

Ao chegar no hotel eles nos ofereceram frutas frescas o que deu uma maravilhosa ajudada naquele calorzão. E aí o guia apresentou opções de serviços extras (que são oferecidas, parece, em todas as ilhas por ali). Passeio ao aquário, snorkeling e diving. 

O importante a saber sobre essas opções adicionais é: se fizer uma delas, perde todo o tempo que tem pra ficar na ilha. 
Outra coisa específica sobre essa ilha: não há muito espaço de praia em si. Só esse pedacinho aí que se vê na foto. Mas de qq forma pelo menos quando eu fui, éramos em umas 50 pessoas na ilha e havia lugar para todos (até pq muitos vão fazer os passeios extras). 

De qq forma a pouca praia que ali tem é de água quentinha, pouca onda e cristalina.


O que eu achei mais interessante nessa ilha é que no final do deck tem uma choupana no meio d'água (de onde tirei essa foto aí de cima). E ali ficavam encostados dois moradores locais com seus barcos. Um deles nos ofereceu nos levar em seu barquinho a remo para um lugar no meio do mar para fazer snorkeling ao valor de 20.000 COP (COP = Pesos Colombianos. Quando eu fui, em dezembro de 2014, R$ 1,00 era o equivalente a 700COP). Não só por ser mais barato que a opção do hotel (que era 40 mil COP), mas principalmente pela opção de podermos ter uma experiência diferente e conversar com um local, nós aceitamos. E foi deveras gostoso. Aonde ele nos levou era muito bonito. Similar a Maragogi, Alagoas.




Almoço na Isla del Encanto
O almoço era o de praxe em praticamente todo lugar: Peixe frito, arroz de coco, salada e patacones (batata verde frita salgada). Nessa ilha nos serviram também mandioca frita. De entrada havia um caldo de peixe e cocada de sobremesa. O serviço era em estilo buffet, podia-se repetir, inclusive a parte de bebidas e sobremesa.
Para aqueles que não gostam de peixe eles oferecem a opção de peito de frango. Só precisa avisar ao guia na chegada. 

O atendimento dos funcionários era obviamente não profissionalizado, mas muito, muito simpático. 









Às 15h eles nos avisam que temos que voltar e todos seguem para o barco. A volta demora um pouco mais pois estaremos contra o vento e por isso, em velocidade reduzida. Aí nos informaram que devido ao vento no dia eles iam fazer um trajeto diferente pra voltar, passando por trás da Isla Baru e entrando na baía de Cartagena pelo dique e não por alto mar. A volta levou cerca de 1 hora e 5 minutos. No acesso ao dique rola uma super diminuição da velocidade e nós até atolamos um pouco e por isso achei importante avisar aqui: não se desespere, pois eles estão acostumados. Como esse acesso foi feito há muitos anos, ainda pelos Espanhóis quando na época da colonização, tem áreas que são muito rasas. Observe na foto que o guia está com água abaixo na cintura. Mas os barqueiros são mega experientes e fazem disso uma grande diversão. Relaxe e aproveite. 

Dicas que considero muito importantes:
1) para voltar o pessoal tira a proteção do sol da parte frontal da lancha na volta, (pq não pode ficar a capota aberta contra o vento) o que faz o povo todo ir pra trás. Aproveite e pegue um espaço bem lá na frente. Quem foi atrás tomou banho por quase todo o percurso, enquanto quem foi na frente estava super de boa, sendo molhado bem pouco. Leve consigo uma toalha pra te proteger do sol e pronto. Nada de voltar ensopado. 


2) Use um sapato aquático. Eu usei Melissinha em todas as praias. Eu tinha visto no Blog Rê Vivendo Viagens que a Rê pisou num ouriço em Playa Blanca e, coitada, penou. Então eu segui a dica dela e não tirei minha Melissinha do pé por nada na vida (preferi uma Melissinha pq era um calçado que podia usar tb no meu dia a dia e não só em mar). Meu marido foi de papete. 



Praia de Isla del Sol

Isla del Sol - day tour para a Isla del Sol se dá praticamente da mesma forma que o pra Isla del Encanto. 45 minutos de lancha rápida na ida chegamos. O lugar é muito bonito. A estrutura do lugar e a praia, na minha opinião, são muito mais legais do que a Isla del Encanto. A praia, para quem mora no Brasil e passeia pelas praias por aqui, eu diria que não é nada que diga: UAU! Mas é uma ótima praia, com água cristalina, sem nenhuma onda e quentinha. 


Busão do traslado
No pacote day tour estava o traslado hotel x porto que foi feito num ônibus mega engraçado. Apesar de não terem nos falado quando na venda do pacote, ofereceram o traslado de volta ao hotel também quando chegamos em Cartagena.

Na ida marcaram um horário conosco, nos buscaram, nos levaram ao porto e nos deixaram dentro da lancha. O guia que nos recebeu no porto foi o que foi conosco à ilha. Esse passeio custou 145.000 COP cada que pôde ser pago no cartão de crédito + 13.500 COP cada que era de taxa portuária, que teve que ser paga em espécie. O pagamento da área portuária foi feito a quem veio nos buscar no hotel e nos deu o ticket de pago para acesso ao porto. (COP = Pesos Colombianos. Quando eu fui, em dezembro de 2014, R$ 1,00 era o equivalente a 700COP)

Um pouco antes de desembarcarmos na ilha o guia apresentou opções de serviços extras (que são oferecidas, parece, em todas as ilhas por ali). Passeio ao aquário, snorkeling e diving. 
O importante a saber sobre essas opções adicionais é: se fizer uma delas, perde todo o tempo que tem pra ficar na ilha. 


Ao chegar no hotel tinha uma equipe bem grande de funcionários para nos atender com pedidos para bar e cozinha (valores adicionais ao do pacote, que incluía somente o almoço). Há bastante lugar para todos. Oferece wifi gratuito e tem piscina. O pagamento de gastos adicionais pode ser feito em cartão de crédito ou débito.


Parte da estrutura oferecida pelo hotel Isla del Sol
No almoço ofereciam peixe frito, bife, peitto de frango, arroz de coco, patacones e saladas variadas. As carnes eram feitas em estilo churrasco e estavam muito gostosas. Você pode pegar quanta comida quiser, mas não sei se pode repetir. Para beber escolher entre um refrigerante, suco ou água.De sobremesa haviam frutas.

Às 15h eles nos avisam que temos que voltar e todos seguem para o barco. A volta demora um pouco mais pois estaremos contra o vento e por isso, em velocidade reduzida. Aí nos informaram que devido ao vento no dia eles iam fazer um trajeto diferente pra voltar, passando por trás da Isla Baru e entrando na baía de Cartagena pelo dique e não por alto mar. A volta levou cerca de 1 hora e 5 minutos. No acesso ao dique rola uma super diminuição da velocidade e nós até atolamos um pouco e por isso achei importante avisar aqui: não se desespere, pois eles estão acostumados. Relaxe e aproveite. 

Dicas que considero muito importantes:
1) para voltar o pessoal tira a proteção do sol da parte frontal da lancha na volta, (pq não pode ficar a capota aberta contra o vento) o que faz o povo todo ir pra trás. Aproveite e pegue um espaço bem lá na frente. Quem foi atrás tomou banho por quase todo o percurso, enquanto quem foi na frente estava super de boa, sendo molhado bem pouco. Leve consigo uma toalha pra te proteger do sol e pronto. Nada de voltar ensopado. 

2) Use um sapato aquático. Eu usei Melissinha em todas as praias. Eu tinha visto no Blog Rê Vivendo Viagens que a Rê pisou num ouriço em Playa Blanca e, coitada, penou. Então eu segui a dica dela e não tirei minha Melissinha do pé por nada na vida (preferi uma Melissinha pq era um calçado que podia usar tb no meu dia a dia e não só em mar). Meu marido foi de papete. 




Playa Blanca - A Playa Blanca fica na Isla Baru, que era uma península mas devido a um dique construído pelos Espanhóis quando na colonização, acabou por virar uma ilha. É uma praia pública e fica bem próxima a um povoado bem simplório que em sua maioria vive de trabalhos na ilha, seja nas barracas, seja como ambulantes. Então há sim uma enxurrada de ambulantes vendendo suas coisas, querendo fazer massagem. Mas não achei que tenha sido tão ruim quanto li em muitos blogs. Talvez porque já estou acostumada com o Rio de janeiro. Talvez porque eu estava de Melissinha durante todo o tempo e uma das maiores reclamações é que as mulheres pegam já seu pé e saem fazendo massagem para então cobrar, talvez por causa de minha cara de má mesmo. Mas foi bem tranquilo. Aliás, foi o passeio que mais gostei porque ali sim é de uma beleza absurda que nunca vi no Brasil. Um mar azul clarinho, água quentinha, quase nada de onda. Areia branca. Nossa, tudo que eu esperava encontrar no Caribe.


Barraca de sol que alugamos em Playa Blanca
Mesmo sendo uma praia pública, optamos por fechar um pacote com uma empresa que oferecia o traslado e o almoço. Assim não tinhamos que nos preocupar. Esse passeio custou 50.000 COP cada que pôde ser pago em cartão de crédito. A empresa marcou um horário e nos buscou no hotel em um micro ônibus com ar condicionado. O trajeto leva cerca de uma hora de ônibus. Durante o caminho a guia foi nos explicando sobre as regiões que íamos passando. Ao chegar lá ela nos encaminhou até a barraca que serviria como ponto de encontro do nosso grupo. Ficamos por ali mesmo. Alugamos uma barraca com 4 cadeiras e uma mesa por 20.0000 COP. Ali tinhamos pessoal da própria barraca atendendo com venda de alimentos e bebidas a preços adicionais (pagamentos todos somente em espécie). 
(COP = Pesos Colombianos. Quando eu fui, em dezembro de 2014, R$ 1,00 era o equivalente a 700COP)


Almoço em Playa Blanca

O almoço foi à uma da tarde, servido pela própria guia, com peixe frito, arroz de coco, patacones (barata verde frita salgada)e salada. A porção era bem pequena, até eu fiquei com fome. Mas era bom. Acompanhava uma garrafinha bem pequena de coca cola bem gelada.
Playa Blanca
Às 15h, horário combinado do término do passeio, seguimos de volta para o ônibus junto com nossa guia e nos deixaram de volta em nosso hotel, cerva de uma hora depois.

Dica que considero muito importante: Use um sapato aquático. Eu usei Melissinha em todas as praias. Eu tinha visto no Blog Rê Vivendo Viagens que a Rê pisou num ouriço em Playa Blanca e, coitada, penou. Então eu segui a dica dela e não tirei minha Melissinha do pé por nada na vida (preferi uma Melissinha pq era um calçado que podia usar tb no meu dia a dia e não só em mar). Meu marido foi de papete. 

Onde se hospedar
Eu tive muita dúvida entre me hospedar no centro, em Getsemani ou em Boca Grande.

O centro me parecia que era caro, com pouca opção e hotéis com má infra estrutura. 


Boca Grande me parecia ter uma boa estrutura de hotéis mas eu imaginava que era longe e atrapalharia nossa viagem. 


Já Getsemani me parecia mais barato, mas underground demais. Li até coisas falando pra não sair à noite se hospedado por lá.


Centro histórico, cidade amuralhada - tem uma enorme seleção de hotéis, desde altíssimo luxo a hostels beeem simples. Fica no centro o porto onde se pegam as lanchas para os passeios às ilhas. Então rola uma certa praticidade nesse aspecto. Já a escolha do hotel, tem tanta variedade que provavelmente terão hotéis com boa estrutura sim. Vale a pena dar uma boa pesquisada.


Boca Grande - escolhi ficar em Boca Grande no Hampton by Hilton. Tinha um bom valor e
Piscina do Hampton by Hilton
me parecia ter uma estrutura boa, além de ser da rede Hilton, que é sinônimo de excelência. Diria que acertei em cheio. O quarto do hotel é muito bom. O atendimento e todos os funcionários sempre muito solícitos. Chegamos naquele calorão e na geladeira do quarto tinha uma garrafinha de água de boas vindas. O café da manhã tinha sempre bastante opção e era muito bem servido. Oferece wifi gratuito em todo o hotel. Tem piscina, que era uma boa saída para os dias que não íamos a ilhas. Ainda conta com sala de ginástica e oferece toalhas para vc levar para a praia ou para as ilhas sem nenhum custo adicional.


Boca Grande fica, diria, que 20 minutos andando ou poucos minutos de táxi. E o táxi é super barato e tabelado. De Boca Grande pra cidade amuralhada era o valor de 6.000 COP (COP = Pesos Colombianos. Quando eu fui, em dezembro de 2014, R$ 1,00 era o equivalente a 700COP).



Getsemani - Ainda dentro da cidade amuralhada, Getsemani é uma área menos nobre do centro histórico, mas nem por isso com menos história. Meu conhecimento de lá é super pequeno, só passei por lá no tour que fiz com o Durán. É sim uma área mais simplória mas não me deu o medo que tinha dado quando li blogs de que não devia nem andar lá a noite. Me pareceu somente um local que se encontra mais gente da cidade mesmo do que só turistas. Mas isso é só minha impressão. E vi que tem muitos hotéis e hostels por lá. 










sábado, 3 de janeiro de 2015

Por que ir a Cartagena?

Porque tem:
(x) Beleza natural
(x) História
(x) Charme e romantismo
(x) Aventura
(x) Turismo de luxo
(x) Turismo para mochileiro
Tem tudo aqui!!!! Cartagena é divina para todos os gostos!

Muralhas de Cartagena

Confesso que eu não tinha nenhuma intenção em ir a Cartagena. Mas estou muito grata que minhas milhas me forçaram a ir pra lá. Nem mesmo as dicas que minha amiga Carol e meu querido agente de viagens Pierluigi me deram tinham me animado. Mas eu fiquei deslumbrada com aquele lugar!

Existem no continente americano duas cidades ainda muradas; Quebéc, no Canadá e Cartagena, na Colômbia. 

Residência de Sir Francis Drake em Cartagena





Devido à sua localização privilegiada (vale a pena conhecer a história completa por lá), Cartagena foi utilizada pela Coroa Espanhola como porto para envio das riquezas do Novo Mundo à Espanha. E por isso a cidade foi fortificada, já que a área era disputada não só por outros países colonizadores como também por piratas.

Por falar em piratas, pra quem gosta desse assunto, Cartagena (e o Caribe de forma geral) é uma delícia adicional, já que muitas das histórias de piratas conhecidas ocorreram por ali (não à toa dando origem a livros e filmes famosos). Lá Sir Francis Drake, um renomeado pirata inglês se fixou por 3 meses, cobrando valores altíssimos da população local como forma de não usar suas forças contra a população, deixando o povoado aterrorizado. Sua casa é exatamente em frente à igreja que ele praticamente devastou ao chegar. 

Mas não espere que eles falem muito sobre piratas por lá. Infelizmente não há turismo voltado para esse nicho. Só se fala mais sobre as vantagens naturais da cidade, que é cercada por uma enorme orla de mar raso, o que fazia com que os barcos não conseguissem chegar à cidade facilmente. E as áreas de mar de acesso à cidade que eram fundas o suficiente, nas baías de Boca Grance e Boca Chica, são muito bem fortificadas.

A cidade amuralhada, que é o centro histórico, é linda, charmosa, fofa. Cheia de pracinhas com restaurantes, assim como cidades muradas do velho continente. Me lembrou em especial Lucca, na Itália.

É promovido um concurso anual de forma a estimular a manutenção das fachadas de suas casas. Quem ganha o concurso é isento por um ano de pagamento de imposto residencial. Outra curiosidade é que muitas das paredes das casas (e até parte significativa das muralhas do fortificado) são feitas de corais. A região de Cartagena é muito rica em corais. O  Parque Nacional  Corais do Rosário e San Bernardo é todo de ilhas de corais, com exceção da Isla Baru, que era uma península mas devido a um dique feito pelos Espanhóis na época da colonização, acabou por virar uma ilha.. 



Botero e nós.
Outros famosos que moraram lá foram o escritor Gabriel Garcia Márquez, que usou a cidade e o povoado de Cartagena como base pra muitas de suas histórias. E  o artista Bottero. Eu que adoro as obras dele fiquei super feliz porque há na cidade várias reproduções dele e até uma estátua numa das praças tilindas do centro histórico.

Para quem curte há um tour voltado para amantes de Gabriel Garcia Márquez com o guia chamado Durán.
Nós e Durán no day tour por Cartagena.
Não foi o tour que fizemos, então não sei como é. Ele indica que se tenha lido pelo menos 3 livros do Gabo para fazer esse tour. Nós contratamos o Durán como guia, mas fizemos o city tour, não o específico de Gabo.

Cartagena não é só história. É também dona de uma beleza natural estonteante, onde fica o Parque Nacional Corales del Rosario e San Bernardo. Um arquipélago de 27 ilhas onde algumas, mesmo que privadas, são hotéis que disponibilizam day tour. Para falar das minhas escolhas das ilhas veja o post 'O que gostaria de ter sabido antes de ir a Cartagena'.